A cientista Maria Manuel Mota foi a vencedora da edição de 2013 do Prémio Pessoa, uma iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos que anualmente distingue uma personalidade da Cultura, Artes ou Ciência.
O anúncio foi feito esta sexta-feira no Palácio de Seteais em Sintra por Francisco Pinto Balsemão, presidente do júri, que nesta edição era composto também por António Barreto, Diogo Lucena, Eduardo Souto Moura, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Rui Magalhães, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho Marques.
Maria Manuel Mota, 42 anos, é investigadora do Instituto de Medicina Molecular e destaca-se a nível internacional no estudo da malária. É ainda fundadora e presidente da Associação Viver a Ciência, que tem como objectivo encorajar a filantropia em Portugal.
Segundo o jornal Expresso, o júri fundamentou a sua decisão lembrando que a malária é "uma das causas principais de mortalidade a nível mundial" e que Maria Manuel Mota "tem desenvolvido investigação fundamental com vista a esclarecer os mecanismo pelos quais o parasita se desenvolve no hospedeiro humano".
Francisco Pinto Balsemão acrescentou ainda que a compreensão dos processos estudados por Maria Manuel Mota "é indispensável para o desenvolvimento de estratégias de tratamento e prevenção da malária, nomeadamente através da vacinação".
O júri destacou ainda o "empenho entusiástico" de Maria Manuel Mota "no que se pode chamar cidadania da ciência".
Maria Manuel Mota nasceu no Porto em Abril de 1971, cidade onde se licenciou em Biologia. Fez mais tarde um mestrado em imunologia e o doutoramento em Parasitologia molecular no University College of London. Mais tarde fez um pós-doutoramento no New York Medical Center.
Regressada a Portugal, foi investigadora principal no Instituto Gulbenkian da Ciência e é desde 2005 a investigadora principal do Instituto de Medicina Molecular, onde dirige a investigação da malára, e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
